Dúvidas mais freqüentes sobre motores flex

Os carros bicombustíveis já representam mais da metade dos veículos novos vendidos no País, mas muitos consumidores ainda têm dúvidas sobre a confiabilidade, o consumo, o funcionamento e a manutenção dos motores flex. Para fugir dos constantes aumentos da gasolina, muitos consumidores estão recorrendo aos veículos bicombustíveis com a opção de utilizar também o álcool, mais barato.

De acordo com uma pesquisa feita no ano passado pelo Governo Federal, em cinco anos cerca de 20% dos carros que circulam no País serão bicombustíveis. Com o objetivo de sanar dúvidas, seguem dicas para quem possui (ou pensa em adquirir) um modelo bicombustível.

Consumo

Visto que o litro do álcool custa até 70% do preço do litro de gasolina, sai mais barato abastecer com álcool. Apesar do aumento na taxa de compressão com relação a um motor movido a gasolina, o que define o consumo é a quantidade de combustível injetada na câmara de combustão.

Durabilidade

Os motores bicombustíveis têm a mesma durabilidade dos motores convencionais. As peças são tratadas para a situação de funcionamento mais dura, ou seja, o carro rodando apenas com álcool no tanque. Um dos principais problemas gerados pelo uso do álcool antigamente era a corrosão, mas já foi solucionada.

‘Cobaia’

Muitos motoristas temem que, por ser uma tecnologia nova, os motores flex possam apresentar problemas de funcionamento no futuro, pela tecnologia não estar completamente desenvolvida. Não há motivos para tal receio. Antes do lançamento comercial, os primeiros sistemas bicombustívies passaram cerca de três anos em desenvolvimento para estarem prontos para comercialização. Especialistas alertam que a maior ameaça à durabilidade dos motores atuais é o combustível adulterado.

Potência

O álcool tem menor poder calórico do que a gasolina - é necessária uma maior quantidade de combustível para fazer o motor funcionar, o que explica o aumento do consumo.

Manutenção

Não há motivos para que a manutenção dos carros flex seja mais cara do que a dos motores convencionais. O único componente mais caro do que de um motor convencional é a central eletrônica, mais sofisticada. As outras peças são equivalentes às usadas em um motor a álcool convencional.

Qualificação

Para um mecânico certificado ASE, Automotive Service Excellence (Excelência do Serviço Automotivo), já habituado a trabalhar com motores monocombustíveis, não é necessário treinamento extra para dar manutenção em um motor bicombustível. Em termos de equipamentos a oficina precisa apenas atualizar o programa de diagnóstico eletrônico do motor.

No frio

Os carros bicombustíveis ainda são dotados do tanquinho de gasolina (sistema de partida frio) para ajudar o motor (no caso do carro estar abastecido só com álcool) a pegar nas manhãs mais frias. A partir do próximo ano, o tanquinho será eliminado com o aperfeiçoamento do sistema.

Mistura

Algumas oficinas e concessionárias recomendam o abastecimento "meio a meio" de gasolina e álcool. Isto não é necessário, o motorista faz as contas, analisa qual combustível prefere e pode sempre abastecer só com um deles. Não há necessidade de usar 50% de álcool, 50% de gasolina.

Fonte: Alfapress

Postar um comentário

0 Comentários